segunda-feira, 7 de junho de 2010

A POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS


No ano de 1695, Antonio Rodrigues, descobriu ouro na região das Minas Gerais, dando início ao ciclo econômico conhecido como “Ciclo do Ouro”.

Ao mesmo tempo foram criadas cidades, houve urbanização e fixação da população no interior da Colônia, mas eclodiram muitas desordens e confusões generalizadas.

Em 1720, como consequencia da Revolta de Felipe dos Santos, Minas Gerais foi separada da Capitania de São Paulo, tendo um governo próprio na cidade de Vila Rica hoje Ouro Preto.

Por medo e desconfianças de novas revoltas, o rei de Portugal enviou para a região das minas Gerais duas Companhias de Dragões.

Estas Companhias eram tropas de Cavalaria montada e ligeira que faziam escolta e segurança da família real portuguesa.

Em 1775, o governador de Minas Gerais, D. Antonio de Noronha, criou o “Regimento Regular de Cavalaria de Minas” no dia 9 DE JUNHO, sendo composta por brasileiros e sendo pagos pelos cofres públicos. Esta criação se deve ao fato dos Dragões terem se tornado inoperantes.

O Alferes Tiradentes segundo dados históricos já servia aos interesses nacionais. Anos mais tarde, em 1789, durante a Inconfidência Mineira, o terceiro comandante da “Força Púbica”, o primeiro brasileiro, Ten Cel. Francisco de Paula Freire e Andrada, era o comandante do Regimento Regular, cargo equiparado ao de Comandante Geral.

Nessa época, embora o Regimento fosse estruturado no militarismo, as atribuições eram de natureza militar e policial. Militar na defesa do território e policial impedindo o contrabando, a desordem, mantendo assim a ordem pública.

Mesmo após a Independência do Brasil, com a criação pelo regente Feijó dos Corpos de Guardas Municipais Permanentes, a Polícia Militar continuou exercendo as suas funções, nunca deixando de defender os interesses da sociedade.

Na sua trajetória de existência, foi designada e denominada de formas diferentes, participou de vários levantes armados importantes da vida mineira e brasileira, sempre estando ao lado da coletividade.

A promulgação da Constituição Federal de 1988, art. 144, especifica as funções das polícias militares, dentro do sistema de defesa social.

A PMMG, e também todas as polícias militares do Brasil têm por missão constitucional o “policiamento ostensivo fardado” para a preservação da ordem pública. Subordinam-se aos respectivos governadores de seus Estados, sendo também consideradas forças auxiliares do Exército Brasileiro.

Apesar de todo este tempo de existência, a Polícia Militar das montanhas das alterosas, que embalam os ventos da liberdade e a brisa da democracia, da paz e prosperidade, sempre esteve e sempre estará ao lado da sociedade.

Relembro aqui os antepassados milicianos, todas as suas dificuldades, raros fracassos e grandes conquistas, caráter ilibado e denotado amor pela Minas Gerais e pelo Brasil. Exemplo deixado aos milicianos de hoje, embalados pelo dever de servir e impulsionados pelos ideais dos inconfidentes, sempre ao lado da comunidade, protegendo, assistindo e socorrendo nos momentos de indecisão e de felicidades.

Em mais um aniversário, saúdo a todos os soldados de ontem, hoje e sempre que dedicam suas vidas em prol do próximo.


FONTE: (TEXTO RETIRADO DA APOSTILA DA APM)

DEUSLENE BATISTA PASSOS DE DEUS
PROFESSORA DE HISTÓRIA DO BRASIL