quinta-feira, 30 de julho de 2009

POLÍCIAS MILITARES - BODES EXPIATÓRIOS

MILITARISMO DAS POLÍCIAS ESTADUAIS – BODE EXPIATÓRIO QUE EXPLICA O “CAOS” NA SEGURANÇA PÚBLICA DOS ESTADOS?...

Caros amigos, caros militares estaduais, caros associados, temos recebido, comentado e divulgado alguns textos que nos chegam, mormente contrários às instituições militares estaduais. O cenário nacional dá mostras de que temos bastantes lobistas fomentado negatividade de nossas polícias militares. A quem interessa o enfraquecimento dessas forças policiais?

Falam em caos da segurança pública, que o modelo atual já deu mostras de que não dá certo e que modificações são essenciais, argumentos há muito utilizados pelo próprio secretário nacional de segurança pública, Ricardo Balestreri. Parece ter ele a solução de todos os problemas. Confesso que desde que comecei a participar de palestras suas, na minha humilde análise, não vi apontamento dos verdadeiros óbices enfrentados pelos profissionais de segurança pública e dos principais responsáveis para mudanças realmente eficazes. Isto porque, na ótica do secretário, a solução e os problemas de segurança pública estão nas instituições policiais de defesa social. Aponta deficiências. Vislumbra situações que devam partir internamente das forças policiais e só. Embora tenha boas intenções, está míope, intencionalmente ou não, pois não consegue enxergar segurança públic! a como um todo.

Ora, não é segredo: SEGURANÇA PÚBLICA É DEVER DO ESTADO, DIREITO E RESPONSABILIDADE DE TODOS. É básico. Logo, a partir dessa premissa, temos que questionar quem são os verdadeiros responsáveis pelo sucesso ou insucesso dos mecanismos de manutenção da paz social, da tranqüilidade pública. Primeiro: DEVER DO ESTADO – estaria realmente o ESTADO (UNIÃO/ESTADO FEDERADO/MUNICÍPIO) participativo nas atividades de segurança de seus PATRÍCIOS? Estariam os profissionais dessa importante área social sendo realmente valorizados? Não deveria a União ter maior participação nos Estados, assim como participa em Brasília? Talvez o conteúdo da PEC 300 contribua para a solução. Obviamente, devemos reconhecer que o PRONASCI já foi um avanço, no que pese, especificamente, não ter atingido grande número de profissionais da área da! segurança pública. Os Estados Federados realmente se empenham na qualificação e na valorização de seus servidores? Os Municípios têm participação efetiva no setor de segurança pública dentro de seus limites territoriais? Estes são apenas alguns questionamentos que precisam ser respondidos para começarmos a tentar buscar soluções positivas para a preservação da tranqüilidade pública do povo brasileiro.

Segundo, DIREITO E RESPONSABILIDADE DE TODOS nos leva a entender que cada um de nós, pessoa física ou jurídica, temos direitos e responsabilidades em matéria de segurança pública. Será que estamos aptos para contribuir para com a segurança pública? Parte da solução não esbarra na EDUCAÇÃO, um “pouco” deficitária em nosso contexto? Desigualdade Social não atenta contra a segurança de todos? Desemprego pode gerar ruptura de paz social? Falta de saneamento básico mínimo não atenta contra a segurança de grande parte da população brasileira? Eis aqui mais questionamentos que deveriam ser respondidos e tratados como prioridades de governo.

O PODER JUDICIÁRIO não se enquadra no contexto de responsáveis pela segurança pública? A lentidão, morosidade, burocracia, elitização e ineficiência desse Poder não traz transtornos para a segurança pública?

O PODER LEGISLATIVO que não “cansa” de nos mostrar exemplos de corrupção a todo instante não seria um incentivador da quebra da honestidade do povo brasileiro?

LOGO, fica parecendo utopia e até mesmo demagogia avançar na busca de soluções para a segurança pública sem, antes, responder e buscar solucionar questionamentos básicos, como os acima citados.

Dentro desse contexto, que não é segredo para nenhum brasileiro, como creditar nas Polícias a responsabilização para os problemas da segurança pública nacional? Talvez seja por conta do profissionalismo dos policiais brasileiros que, ainda, nós cidadãos de bem, podemos exercer direitos básicos, como o de ir e vir. Talvez seja pela atividade pró-eficiente das Polícias, que na maioria dos Estados Brasileiros tem em seus quadros profissionais pouco valorizados, com vencimentos incompatíveis com a importância da atividade que exercem, que, ainda, os números alusivos à criminalidade, apontados por pesquisas e mais pesquisas, não são maiores.

Evidentemente, temos que reconhecer que tudo que for trabalhado para a melhoria dos serviços prestados para nós, sociedade, é bem vindo. Contudo, correções paliativas podem sugerir falsa sensação de acerto.

Se queremos começar a “solucionar” carências de segurança pública tendo como primeiro ponto as POLÍCIAS DOS ESTADOS BRASILEIROS alguns itens são essenciais: 1. salário padronizado e compatível com a importância da atividade (nossa referência atual: Brasília); 2. disponibilização de recursos para investimento em qualificação dos profissionais de segurança pública; 3. exigência escolar de curso superior para integrar as polícias dos Estados; 4. logística compatível com a necessidade das forças policiais (viaturas /equipamentos/apetrechos/armamentos(letais e, principalmente, não letais); 5. inovação na legislação com previsão de agravação de penas para crimes/atentados contra autoridades policiais; maior valorização da autoridade policial... etc...etc... a partir daí poder-se-ia começar a ter expectativas de real profissionalização nesse importante setor.

Ao contrário disso, tudo cheira demagogia... utopia... utilização de bodes expiatórios...

Um grande abraço.... A associação é nossa, estamos juntos...

Belo Horizonte, 30 de julho de 2009.

Nelson Henriques Pires – 1º Ten PM
Presidente da AOPMBM

terça-feira, 28 de julho de 2009

CONFERÊNCIA LIVRE DE SEGURANÇA PÚBLICA: EU PARTICIPEI!

Porque é tão difícil mobilizar a sociedade civil brasileira a participar de eventos que lhe são importantes? Será que não percebem que a apatia política só faz aumentar os desmandes, as injustiças, "os atos secretos"?

Estamos nos aproximando da I CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA, um momento histórico em que pela primeira vez a sociedade civil (40%), Trabalhadore da Segurança Pública (30%) e Gestores do Poder Público (30%) deverão tratar de políticas públicas para a segurança cidadã.

Estão previstas várias formas de mobilização, mas sequer ouvimos comentários nos principais meios de comunicação do Brasil. Não dão a mínima importância, preferem continuar a trazer notícias ruins que nos faz crer que a questão da Segurança Pública no Brasil não melhorá nunca.

Em contrapartida, muitos segmentos importantes da sociedade também não se mobilizam ou se são convidados a participarem, não comparecem, não mandam representantes... praticamente ignoram esse tema (como se vivessem isolados numa redoma e não dependessem também de uma melhor segurança pública/cidadã)

Está encerrando o prazo para as Conferências Livres de Segurança Pública e no último final de semana, precisamente no dia 25 de julho/09 (sábado), na cidade de Oliveira/MG, nas dependências da Escola Polivalente aconteceu a CONFERÊNCIA LIVRE DE SEGURANÇA PÚBLICA.

Na oportunidade foram convidados vários segmentos da sociedade de Oliveira e região, bem como o evento foi amplamente divulgado nas emissoras de rádio... conclusão, o número de participantes civis foi pequeno. Pelo visto estão contentes com o sistema de Segurança Pública existente na localidade.

CONFERÊNCIA LIVRE DE SEGURANÇA PÚBLICA: EU PARTICIPEI!

ESTUDO APONTA DESPREPARO DE POLICIAIS NO PAÍS

Pesquisa mostra que treinamentos usam técnicas arcaicas, e governo admite que há indícios da ditadura. EM VEZ DE ENSINAR A INVESTIGAR, MEDIAR CONFLITOS, PRESERVAR O LOCAL DO CRIME OU PROTEGER CIDADÃOS, AS ACADEMIAS DE POLÍCIA DO BRASIL PRIVILEGIAM O USO DA FORÇA FÍSICA E DAS ARMAS, CONCLUI UM DOS MAIS COMPLETOS ESTUDOS JÁ REALIZADOS SOBRE O TEMA, EM 15 PAÍSES, COORDENADO PELO SOCIÓLOGO BRASILEIRO JOSÉ VICENTE TAVARES DOS SANTOS.

Segundo a pesquisa, no Brasil acabam sendo formados agentes de repressão, e não de segurança pública. Financiados pelos estados da fede! ração, esses treinamentos investem em técnicas arcaicas, com currículos muitas vezes sigilosos. Santos, que é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Universidade de Coimbra, visitou 20 instituições brasileiras. O especialista participa da produção de uma matriz curricular proposta pela Secretaria Nacional da Segurança Pública. A análise que ele faz das instituições é incisiva: - DE MODO GERAL, AS ESCOLAS PRIVILEGIAM A FORÇA FÍSICA, O USO DE VIATURAS E DE ARMAS. ATIRA MELHOR QUEM ATINGE O CORAÇÃO OU A CABEÇA DO "ALVO". O que há é um grande arcaísmo pedagógico. Estão muito longe da tecnologia, da modernidade.

Não há quadros docentes suficientes. VEJO MILITARES APOSENTADOS ENSINANDO E IMPEDINDO AVANÇOS. Fazem segredo até de coisas banais, mesmo se tratando de dinheiro público - avalia.

Escolas da PM imitam as das Forças Armadas. Para Santos, a CHAMADA "ORDEM UNIDA", QUE DOMINA OS CURRÍCULOS DAS ESCOLAS DA PM, É UM SIMULACRO DA ESTÉTICA DAS FORÇAS ARMADAS, DESNECESSÁRIA PARA A EXECUÇÃO CONCRETA DO TRABALHO POLICIAL, que é o de prestar serviços ao cidadão. - AS POLÍCIAS DO BRASIL SÃO COMO UM ESPELHO DEFORMADO DAS FORÇAS ARMADAS. É preciso introduzir o saber da modernidade crítica nessas escolas, ou estaremos jogando fora o dinheiro público. E a cada dia teremos mais mortes de reféns ou por balas perdidas com dinheiro público. O secretário Nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, concorda com esse diagnóstico. SEGUNDO BALESTRERI! , O ATUAL MODELO DE FUNCIONAMENTO E TREINAMENTO DAS POLÍCIAS CIVIL E MILITAR DO PAÍS GUARDA RESQUÍCIOS DA DITADURA.

EM SUA OPINIÃO, ESSAS CORPORAÇÕES NÃO SE ADEQUARAM À VIDA DEMOCRÁTICA. No seu entendimento, a polícia está longe da comunidade. Balestreri lamenta a média anual de 45 mil homicídios no Brasil. - Temos duas meias polícias. Uma estrutura inadequada para a democracia. Uma esquizofrenia. Não fazem o ciclo completo.

Cada uma faz uma parte e fica dependente da outra. Nenhum país civilizado do mundo é assim - disse Balestreri. INDICADORES DE VIOLÊNCIA NÃO SÃO CONFIÁVEIS, DIZ SECRETÁRIO.
Enfatizadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma das cinco prioridades de seu governo no segundo mandato, as ações na área de segurança pública ainda não resultaram em redução da violência. Para o secretário, para haver mudanças, as polícias precisam ser "PROFUNDAMENTE REFORMULADAS". - Os policiais estão longe da comunidade a que deveriam estar dando proteção, e substituem a investigação por atividades burocráticas. O sistema é anacrônico. NA DITADURA, O ESTADO SEQUESTROU AS POLÍCIAS, E PRECISA DEVOLVÊ-LAS À SOCIEDADE. Balestreri combate o crime sem poder confiar nas informações de que dispõe. Ele admite que há um problema de produção de indicadores confiáveis da violência. PARA ELE, LEVANTAMENTOS A PARTIR DE BOLETINS DE OCORRÊNCIA, FEITOS NA DELEGACIA, NÃO TÊM RIGOR CIENTÍFICO. SEGUNDO ELE, É NECESSÁRIO CRUZAR INFORMAÇÕES COM O MINISTÉRIO DA SAÚDE, que contabiliza as vítimas, com o registro dos 45 mil homicídios por ano. - Esse dado é real e perverso. SEGURAMENTE O BRASIL, COM 45 MIL HOMICÍDIOS ANUAIS, É UM DOS PAÍSES EM PIOR SITUAÇÃO DO MUNDO - DISSE BALESTRERI. O governo, diz o secretário, tem feito sua parte, mas ele admite que os resultados não aparecem a curto prazo. Balestreri diz que está otimista e argumenta que cerca de 180 mil policiais, guardas municipais e bombeiros já participam de cursos técnicos e de formação humanística organizados por sua secretaria. Outros cinco mil cursam pós-graduação na área: - Por mais que tenha equipamento, não há instituição que funcione bem sem o capital humano qualificado.

Fonte:
Soraya Aggege e Evandro Éboli. O Globo. Segunda-feira, 27 de julho de 2009.

ESTUDO APONTA DESPREPARO DE POLICIAIS NO PAÍS

terça-feira, 21 de julho de 2009

PORQUE É TÃO RESTRITO O BANCO DE DADOS POLICIAIS

REFLITA:
Se você efetuar compras no Rio Grande do Sul e deixar de pagar, quando você tentar adquirir algum produto no crediário lá no Acre, o balconista de qualquer estabelecimento filiado ao SPC/SERASA, na posse do nr de seu CPF consultará suas informações financeiras e você poderá sofrer restrições.
PERGUNTO:
Porque na Segurança Pública não é simplificado/facilitado a consulta de informações sobre o cidadão suspeito?
Geralmente varia o banco de dados de um ente federado para outro (que nem sempre são interligados e nem se comunicam entre si; sendo que as vezes entre as próprias forças policiais não ocorre a troca de informações).
Exemplo: Se o camarada está foragido, se tem antecedentes criminais, etc e tal, porque de uma cidade para outra (cidades vizinhas heím?) mal conseguimos tais informações? Porque nossos bancos de dados são limitados?
Porque se permite Carteiras de Identidades em cada Estado? Porque a SEGURANÇA PÚBLICA não se vale dos dados do CPF a guisa das RECEITAS (Federal e Estadual) e até da iniciativa privada (vide agências bancárias e empresas de créditos)? Alguns irão argumentar: "Ah não podemos liberar tais informações; o cidadão tem direito ao sigilo; ninguém poderá ser culpado antes que se prove o contrário... blá, blá, blá, etc!" Engraçado que outros profissionais da iniciativa privada tem acesso a informações "privilegiadas" (vida financeira, etc); porque os policiais não podem? Engraçado que se você acessar o site de alguns tribunais de justiça e digitar o nome da pessoa, você consegue informações sobre o processo (mesmo sem ter sido condenado). É lógico que não se pode banalizar o acesso a tais informações, basta colocar graus de acesso restrigindo o teor das informações. Inclusive até existe o Decreto Federal 4.553 de 27 de Dezembro de 2.002 , que diz no "(...) Art. 37, §1º - Todo aquele que tiver conhecimento, nos termos deste Decreto, de assuntos sigilosos fica sujeito a sanções administrativas, civis e penais decorrentes da eventual divulgação dos mesmos(...)"
Outra coisa que necessita ser revista são nossas inúmeras documentações (CPF, Carteira de Identidade, Título de Eleitor, Pis/Pasep, CTPS, CNH, etc e tal), porque não limitam a Carteira de Identidade a nível Nacional (mesmo que ela seja emitida pelo Estado Membro, basta ter o número único Federal, a exemplo do CPF); porque não expedem um documento nos moldes dos cartões magnéticos, contendo todas as informações do cidadão (Certidão de Nascimento, CPF, Título Eleitoral, CTPS, etc); assim quando fosse registrar a criança, concomitantemente já se expedia tal cartão (que poderia ser atualizado de 10 em 10 anos). Também deveria ser instituído, a exemplo de Minas Gerais, o Registro de Evento Social (REDS) ou melhor explicando, fosse criado pela SENASP/MJ o BOLETIM NACIONAL DE OCORRÊNCIAS POLICIAIS (também com número sequencial único e informações armazenadas e compartilhadas em um banco de dados específico) Isso contribuiria na Segurança Pública na seguinte forma, quando se consultasse os dados do cidadão, teríamos ali informações mais fidedignas, de norte a sul do Brasil.
Hoje temos muita tecnologia da informação, no entanto, no Brasil, no campo de Segurança Pública pouca coisa ainda é utilizada, enquanto outros setores caminham a passos largos, a Segurança Pública se arrasta e não tem um padrão de comportamento a nível Nacional, mas vinculado a nuances de desenvolvimento e comprometimento regionais.
A informação para Segurança Pública É TUDO. Tão importante quanto a armamentos. De pouco adianta você ter ARMAMENTO, EQUIPAMENTOS SOFISTICADOS, se não possuir INFORMAÇÕES/COMUNICAÇÕES ADEQUADAS. Hoje na maioria dos educandários dispõem de sistema via satélite para recepção de som e imagem para capacitações; possuem banda larga para acesso a internet, etc; enquanto temos várias delegacias, quartéis, postos policiais sem acesso adequado aos meios de informações. É algo a pensar. Espero que isso um dia mude, por enquanto ainda é um sonho, torço para que se torne realidade, afinal de contas quero melhorar minha prestação de serviço junto a comunidade.

domingo, 19 de julho de 2009

TÔ CANSADO DE ENXUGAR GELO

TÔ CANSADO DE ENXUGAR GELO

Faço TUDO não adianta NADA
A cada dia perco mais cabelo
Segurança Pública, conto de FADA
To cansado de enxugar gelo

De boa vontade o cemitério ta cheio
Me sinto um grande babacão
Por querer sempre em seu meio
Chamar a todos pra mobilização

Ouço discursos no dia-a-dia
Bastante blá, blá, com muito pouca ação
Prevalecendo a hipocrosia
Em desfavor da participação

O sistema funciona não
Tudo emperra a qualquer momento
A tão sonhada integração
Só acontece no pensamento

Já não tenho tanta esperança.
To cansado de enxugar gelo
Não levam a sério a segurança
Confesso, esse é o meu medo.

A impunidade é a única certeza
Se não for assim, há algo errado
O incorreto hoje tá beleza
Ser honesto agora ta ultrapassado.


Libera tudo, não censura nada
Liberdade virou libertinagem
Democracia, palavra consagrada
Virou sinônimo de sacanagem


Pra não dizer que não falei das flores
Com cara pintada me manifestei
Vinte cinco anos, novos atores
Atitude nova, mesmo assim não sei

Faço tudo, nada adianta.
Isso agora não vai mudar
Segurança Pública só espanta
To cansado de gelo enxugar

Velhos discursos, poucas práticas
Hipocrisia, nenhuma ação
Mudam somente os personagens
Mas continuam a enrolação.

Polícia para que polícia
Libera tudo, sem repressão
Queremos somente notícia
Quando o sangue escorre pelo chão

Tenho direito, pago meus impostos
Você não sabe com quem tá falando
Para sua vida não me incomodo
Afinal de contas estou pagando

Faço TUDO não adianta NADA
A cada dia perco mais cabelo
Segurança Pública, conto de FADA
To cansado de enxugar gelo

Vocês são sempre mal preparados
Sabem de nada, nós sabemos tudo
Por isso mesmo, estejam alertados
Certo dia dominaremos o mundo

Você não sabe com quem tá mexendo
Colocando algemas e no camburão
Vou te processar, te colocar na rua
Porque existe o “TIÃO” e o “SEBASTIÃO”

Como é pobre nosso linguajar
Falamos somente, positivo, operandi
Dois numa porta, mal conseguimos passar
Afinal de contas somos ignorantes

Já não tenho tanta esperança.
To cansado de enxugar gelo
Não levam a sério a segurança
Confesso, esse é o meu medo.

To cansado de tanta discriminação
De somente sofrer preconceito
Tal qual vocês sou um cidadão
Tenho dignidade, exijo respeito.

De várias mazelas da sociedade
To cansado de ser o bode expiatório
Aos demais órgãos não há novidade
Basta cumprir seu papel obrigatório

Democracia participativa... coerência
No Brasil muito temos a caminhar
Mesmo sendo a nossa Primeira Conferência
Grandes vitórias iremos conquistar!

To cansado de enxugar gelo!
Quero agora MOBILIZAÇÃO!
Segurança Pública tratada com zelo
Só se faz com PARTICIPAÇÃO!