sexta-feira, 5 de novembro de 2010

POLICIAL SUPEREGO – AINDA SUPER HERÓI


Três Corações/MG - É fácil abrir o jornal, ou ligar a televisão e ver uma notícia referente à violência, criminalidade e insegurança. Ou assistir ao longa-metragem “Tropa de Elite 2” e desanimar com a atuação das milícias no Estado do Rio de Janeiro, onde os papéis se confundem, o policial vira “bandido” e este se transforma em “mocinho bonzinho” ou “donzela indefesa”. Sem contar nas ondas de arrastão que estão ocorrendo naquele mesmo Estado, onde as comunidades de mãos atadas clamam por segurança. Para completar temos as drogas, em especial o crack, que cada vez mais destrói famílias, mata jovens e crianças e se torna o câncer da sociedade e a causa dos piores problemas referentes à ordem social.

Realizando visita ao Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), projeto desenvolvido por uma equipe de profissionais capacitados, mantido pela Prefeitura Municipal de Três Corações, foi feito por uma criança de 08 anos, o desenho em epígrafe, onde me surpreendeu a forma pela qual uma criança que vive no seio da criminalidade, ou seja, em local onde segundo nossas estatísticas, fixam os maiores índices de ocorrência referente ao tráfico de substâncias entorpecentes, assim como falta de estrutura social, vê o policial militar.

Nota-se que o super herói da história ainda é a autoridade policial. A realidade desmente a idéia de muitas pessoas que pensam que crianças e jovens das periferias se espelham no cidadão infrator, que faz da criminalidade o meio de sustentação de vida.

São ações destacadas de operações, apreensões e redução da criminalidade que fazem com que a sociedade acredite e apóie a Instituição Polícia Militar.

A 16ª Companhia Independente de Policia Militar, sediada em Três Corações/MG, se preocupa em manter a visão feita por essa criança, proporcionando um serviço eficiente e eficaz, primando pela agilidade em seus atendimentos, assim como os famosos super heróis, que a qualquer lugar e horário, ao serem chamados ou constatarem a ocorrência de um crime, estão aptos a utilizarem seus poderes especiais e fazerem o bem a todos os cidadãos.

Este é o compromisso de nossa instituição, fazer e manter o bem, a paz, realizando medidas preventivas ou repressivas, para que o “monstro”, de acordo com as histórias em quadrinhos, seja derrotado.

Nessa visão, faz-se necessário a criação de uma grande ciranda, onde todos os responsáveis pela segurança pública, escolas, famílias, mídia, etc, tenham consciência da importância do trabalho preventivo, buscando erradicar todas as formas de violência desde sua concepção, seja na televisão, em casa ou nos educandários.

Este trabalho já vem sendo feito pela 16ª Companhia de Polícia através de palestras, projetos sociais e interação com a comunidade. Prezando pela permanência da imagem que as crianças possuem dos policiais, devemos zelar pelo futuro da Nação, para que não seja desfeita essa ligação entre os policiais e os grandes super heróis das histórias infantis.

Toda criança tem uma memória fértil e cheia de idéias e dúvidas, logo, devemos considerar esse desenho como uma forma de expressão dos pensamentos infantis. A mídia, com todos os artifícios de divulgação de fatos sobre a criminalidade, “ainda” não conseguiu desmanchar a idéia mantida na cabeça de nossos pequeninos filósofos, que vêem o policial militar como o seu super herói, que ele sempre poderá contar quando necessitar.

Um comentário:

  1. Senhores comandantes QUANDO CHEGARÁ A NOSSA VEZ? A Polícia Militar se considera referência internacional em segurança pública, contudo, verificamos que em alguns momentos suas ações são retrogradas e unilaterais.
    Com a mudança no CFO PM e a criação do requisito de Bacharelado em direito a PMMG excluiu do páreo aqueles militares que exercem suas atividades nos rincões mineiros, aguardando somente uma chance de pleitear o crescimento na carreiro e ao oficialato. Sabendo que somente nos grandes centros é que se encontram as faculdades de Direito, O que restará para os pobres trabalhadores do interior? Será que pensaram nessa possibilidade.
    Mesmo para aqueles que são minorias como nós Sargentos, temos que aguardar 15 anos de efetivo serviço para podermos concorrer ao CHO, ou aguardamos sete anos na graduação de segundo sargento para sermos promovidos a primeiro sargento, ficando este publico de sargentos de carreira retidos a sua insignificância.
    Chegamos ao cúmulo de um “Cabo” ser promovido Sargento do CEFS e quando recém-promovido à segundo sargento e já com seus vinte e quatro anos de serviço e mais cinco anos contatos para reforma, poder concorrer ao CHO e um sargento com dez anos de serviço, vinte para contribuir à instituição ficar no banco sem poder participar desta partida. Além do mais, meus caros amigos, percebemos mais uma aberração. O segundo sargento com vinte a quatro anos faz um ano de curso, aguarda mais um ano de interstício e pede a sua transferência para inatividade, desperdiçando o dinheiro do estado que o qualificou profissionalmente.
    Será que o comando da Instituição não observa estes claros na legislação? Percebemos que com o aumento de vagas no CHO abriu-se o caminho, mas não vemos uma melhora na qualificação, pois este material humano não se encontra imbuído dos interesses do Estado e da Instituição.
    Percebemos que se estreitou a porta para uma minoria, diminuindo a concorrência e baixando a qualidade de nossos oficiais. Hoje vermos dinossauros formando-se oficiais e aguardando o momento de pedirem sua movimentação para a reserva remunerada. Já não basta formarem tentes com menos de um ano de curso e recém-saídos das faculdades? Entendemos que a exigência do curso superior enaltece a carreira para o oficial, mas não podemos deixar de oportunizar ao nosso militar que insere no mundo militar em seu mais baixo degrau, galga à promoção de sargento com menos de dez anos completos e se encontra pronto para almeja o crescimento profissional.
    Observamos ainda que as mentes do escalão superior esqueceram-se daqueles que não formaram no curso de Direito, mas possui uma qualificação superior, são formados na área da Enfermagem, Letras, Engenharia, Educação Física, Matemática, Biologia, Pedagogia, Administração e outros cursos que de igual forma poderiam estar contribuindo para a Instituição Policial Militar mineira, dentro de suas diversas áreas de trabalho.

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