(*)PALAVRA DO PRESIDENTE DA AOPMBM – caros amigos, caros militares estaduais caros associados, ao término da realização da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública(CONSEG), algumas situações nos chamaram a atenção e nos despertam para a necessidade de mudanças e adequações essenciais para a “sobrevivência” das instituições policiais dos Estados Brasileiros, nos moldes que acreditamos viáveis para a sociedade Brasileira.
No caso das instituições militares estaduais, ficou evidenciado que as relações internas ainda estão muito desgastadas, mormente, devido a posicionamentos radicais adquiridos pelo não entendimento moderno de conceitos de DISCIPLINA E HIERARQUIA. Mais do que uma relação dura, separatista, urge a necessidade de sobressair relações de companheirismo, de profissionalismo e de preservação do bem estar do nosso IRMÃO DE FARDA. Foi realmente frustrante presenciar grupos de militares estaduais encabeçarem os movimentos insuflados que pediam a DESMILITARIZAÇÃO. Muitas das justificativas que pudemos verificar foram relacionadas a relações interpessoais nas corporações.
Em Minas Gerais, as Instituições Militares, podemos dizer, avançaram bastante; percebemos facilmente, mesmo porque somos citados a todo momento por militares de outros Estados que desejam o que temos alcançado (e temos que preservar e avançar), a melhoria nas relações profissionais, mormente beneficiadas pela criação do nosso CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA MILITAR (CEDM). Embora respeitemos todas as demais instituições militares estaduais, é extremamente necessário que enxerguem a visível urgência de melhoria; prisões disciplinares há muito não encontram respaldo em nosso Estado Democrático de Direito. É momento de nos reunirmos, todos nós, OFICIAIS E PRAÇAS, e traçarmos mudanças significativas, mormente de valorização interna do HOMEM, SOB PENA DE, EMBORA NÃO EM CURTO OU MÉDIO PRAZO, depararmos com a extinção do modelo de polícia cidadã, como é o nosso, e que por séculos tem preservado a segurança e tranqüilidade do povo brasileiro.
AFLOROU, TAMBÉM, O DISTANCIAMENTO ENTRE AS INSTITUIÇÕES POLICIAIS DOS ESTADOS BRASILEIROS, POLÍCIAS MILITARES E CIVIS. O que se viu foi um total desrespeito entre os integrantes das forças policiais, na busca de atacarem a Corporação alheia. Cada uma querendo proteger o seu espaço, proporcionando, em decorrência, cenas lamentáveis, As instituições policiais brasileiras, dado aos históricos inerentes, não podem ser submetidas a afrontas desrespeitosas e gratuitas como as vistas. Somos, hoje, as pessoas que as compõem, portanto somos os responsáveis pelos seus destinos. O episódio, talvez, nos traga ensinamentos de que devemos respeitar o espaço de cada uma das forças policiais; o trabalho tem que ser conjunto e integrado, em prol de todos nós, sociedade brasileira, como, aliás, temos buscado aqui em Minas.
Participação bastante positiva foi a dos representantes da sociedade civil; pessoas interessadas, inteligentes e que buscaram a todo momento pensar em segurança pública de forma geral, humanista.
Ademais, cada segmento profissional buscava aprovar situações que os beneficiasse, o que, aliás, é normal, considerando os vários eixos temáticos discutidos.
Como resultado da 1ª Conferência Nacional de Segurança pública foram priorizados 10 Princípios e 40 Diretrizes. Não se pode dizer se houve vencidos ou vencedores. Podemos, sim, afirmar que foi um avanço muito grande para segurança pública brasileira, pois, debateu-se democraticamente o assunto.
(*)Nelson henriques Pires – 1º Ten PM - Presidente da AOPMBM
Origem: assessoriaimprensa@aopmbm.org.br
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